"Sonhar é o que nos mantém vivos"

quinta-feira, 6 de março de 2008

Péssima experiência...

Tive gêmeos e só os conheci após o 5º dia, mesmo estando internada no mesmo hospital, só os via por meia hora de visita, duas vezes por dia-enquanto estiveram na mesma sala de UTI (que mais parecia um depósito)
Depois um deles teve complicações no rim e os separaram resultado: 15 minutos para cada...até que um dia fui duas vezes na sala destee a enfermeira me expulsou aos berros pelas razões dela. Saí em prantos pelas minhas
18 dias de vida para Víctor
32 dias para Valmir
Medicos que discutiam sobre aumento que não vinha
enfermeiras que viam revistas em meio aos apitos das máquinas
pais, avós e amigos ...visitas que se expremiam, falavam alto, tossiam
numa saleta apertada chamada uti
Anjinhos que lutavam sem tamanho dentro de uma redoma
E uma mãe que só teve seus bebês no colo quando foi chamada a
UMA VISITA EXTRA,
pois um a um meus filhos se foram...

Será por isso que ele diz que preciso de psicólogo??
Do ponto de vista médico...

Pois é , foi esta que escutei esta semana: do ponto de vista médico você está liberada para tentar engravidar... mas do ponto de vista psicológico, seria bom procurar um psicólogo. A ansiedade pode não fazer bem a gravidez, e futuramente para o bebê seu estado emocional pode não fazê-lo bem...
Foram mais ou menos estas as palavras. Até endendo as razões, mas é difícil aceitar a idéia de pagar alguém pra fingir que se preocupa com você, meter o bedelho na sua vida e acha que vai mudar nosso futuro.
Posso estar pagando mico por escrever tudo isso aqui, mas dói menos pois não tem eco.
Parece que tenho que provar pra alguém que não serei uma mãe paranóica, ou que não terei medo constante do dia seguinte ao ver minha barriga crescer novamente.
Tenho consciência que Valmir e Víctor SÃO INSUBSTITUÍVEIS
Só o que desejo é seguir o tempo natural de uma mulher da minha idade: sentir o que é ser mãe, numa fase em que não dependo de ninguém para minhas ações, como fui crucificada aos 19 anos por estar grávida, sem emprego e morando de favor na casa da mãe!
Trabalhei duro, construí minha casa, tenho uma boa relação com meu marido, não deixo faltar nada a minha filha de 9 anos, já tive um carro e não o quiz mais, estou terminando uma faculdade, trabalho com meu marido, mas sei que tenho muita capacidade para arranjar outro serviço se necessário. Tenho muitos outros sonhos: uma casa perto da praia, festa de aniversário de casamento, viagens com a família, etc, mas...

Do ponto de vista humano...


Algúem pode me dar uma razão para não saciar este doce desejo de ter um bebê nos meus braços e vê-lo crescer com minha filha, ou melhor, vê-lo crescer comigo????